Eugénio de Andrade, in O Outro Nome da Terra
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
SOBRE A TERRA
Sei que estou vivo e cresço sobre a terra.
Não porque tenha mais poder,
nem mais saber, nem mais haver.
Como lábio que suplica outro lábio,
como pequena e branca chama
de silêncio, como sopro obscuro do primeiro crepúsculo,
sei que estou vivo, vivo
sobre o teu peito, sobre os teus flancos,
e cresço para ti.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário