quinta-feira, 29 de março de 2012

MEMÓRIAS



MEMÓRIAS



Dormem os pássaros
como se fosse noite.
Das chamas que brotam dos sentidos
resta apenas o dia,
a noite,
o tempo,
daquele que não espera,
que não contempla,
que flui.

Dormem as árvores
como se fosse inverno.
Dos chilreios das folhas nasce o olhar
que espera sentir a mão,
a lágrima,
o sorriso,
daquele que foi,
que é memória,
que não ficou.